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Cientistas criam robô capaz de evitar a queda de idosos

By 15 de setembro de 2022Atualidade

A invenção de pesquisadores de Cingapura usa câmeras e sensores que monitoram situações de desequilíbrio

THE WASHINGTON POST – Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU, na sigla em inglês), em Cingapura, apresentaram nesta semana um novo robô capaz de prever a queda de idosos e ampará-los antes que caiam. O novo dispositivo tem barreiras de proteção na altura do quadril e sensores para avaliar quando alguém começa a se desequilibrar.

Os inventores da máquina carinhosamente a apelidaram de “Sr. Bah”, mas seu nome oficial é robô móvel assistente de equilíbrio. O dispositivo ainda precisa de aprovação das agências reguladoras em grandes mercados como os Estados Unidos e enfrenta desafios significativos de financiamento para ser comercializado, mas deve estar disponível em dois anos, disseram os pesquisadores.

Apelidado de ‘Sr. Bah’, dispositivo permite que usuário fique em pé
Apelidado de ‘Sr. Bah’, dispositivo permite que usuário fique em pé Foto: NTU Singapore

Multitarefas

O “Sr. Bah” se junta a um número crescente de avanços tecnológicos para cuidados de idosos, entre eles os robôs que limpam casas e fazem companhia, além dos dispositivos vestíveis que monitoram dados de saúde. Os inventores dizem que seu robô de prevenção de quedas é um avanço crucial, principalmente porque as quedas muitas vezes podem levar a lesões graves ou mortes.

“(As quedas) são um grande problema em todo o mundo”, disse Wei Tech Ang, pesquisador-chefe do projeto e diretor executivo do Instituto de Pesquisa de Reabilitação de Cingapura. As quedas são a segunda principal causa de mortes por lesões não intencionais no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Nos EUA, elas são a principal causa de mortes relacionadas a lesões entre adultos com 65 anos ou mais, mostram os dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

Ang tomou conhecimento desse problema por conta da mãe. “Ela tem 85 anos e tem quedas com frequência”, disse. “Depois da primeira vez que caiu, há cerca de dez anos, comecei a trabalhar nessa ideia de criar um robô.”

O pesquisador fechou uma parceria com pesquisadores da NTU e do Hospital Tan Tock Seng para criar e liderar o projeto do robô. Até agora, o dispositivo foi testado em 29 participantes, vítimas de derrames, lesões cerebrais traumáticas e lesões na medula espinhal. Durante o teste, o robô ajudou os idosos a sentar, ficar em pé e caminhar. Nenhuma queda foi registrada, disseram os pesquisadores.

Duas versões

A equipe pretende lançar duas versões do robô. Uma hospitalar, equipada com vários sensores e câmeras de última geração que monitoram os movimentos, e que poderia custar cerca de US$ 20 mil. E uma versão doméstica, que teria menos sensores e câmeras ou usaria os mesmos itens, mas com qualidade inferior, e poderia custar entre US$ 3 mil e US$ 4 mil.

Mas os pesquisadores precisam de cerca de US$ 4 milhões de aporte inicial apenas para obter a aprovação de agências reguladoras em lugares como EUA, Europa, China e Cingapura, disse Ang. Depois, precisariam de um novo aporte entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões para oferecer o dispositivo no mercado. Caso consigam, os robôs podem melhorar a vida dos idosos, dando-lhes mais independência. / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

depCOM Grupo Colorado

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