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“A grande preocupação é que a meningite meningocócica pode ter evolução muito rápida para a forma grave da doença. Quando existe o aumento de número e casos, como está acontecendo agora, configurando um surto, há indicação de vacinação para pessoas da região. Mas quem puder mesmo de outras regiões, vale a pena se vacinar e se proteger contra a doença”, afirma Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo ela, depois de tomada uma dose, é recomendado que a pessoa repita a aplicação daqui a quatro anos. “Embora não faça parte do calendário adulto de vacinação, por ser uma doença que afeta mais crianças e adolescentes, é importante que a aplicação seja repetida daqui a quatro anos em adultos. No entanto, doses posteriores em adultos, se não forem feitas na rede pública de saúde, devem ser feitas na rede privada, assim como públicos de outras idades não cobertas pela rede pública”, disse. Veja mais informações sobre vacinas abaixo. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, atualmente, a imunização está sendo feita na área de abrangência de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) locais: UBS Formosa II, Assistência Médica Ambulatorial (AMA)/UBS Integrada Guarani, UBS Jardim Iva e UBS Comendador José Gonzalez. Também está sendo realizada busca ativa de pessoas entre 3 meses e 64 anos de idade para receberem a vacina, entre moradores e trabalhadores da Vila Formosa e Aricanduva. Já foram imunizadas 7,4 mil pessoas na região nas últimas duas semanas, de acordo com a pasta. “Para receberem a vacina, pessoas de quaisquer idades que residem na região devem apresentar comprovante de endereço e, no caso de quem trabalha nas proximidades, basta apresentar comprovante trabalhista, como crachá, holerite, carteira de trabalho atualizada ou declaração com nome da empresa, endereço e carimbo”, informou em nota. Continua após a publicidade Logo após as notificações de casos, também foram adotadas ações de prevenção e controle pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), como o fornecimento de medicamentos preventivos para pessoas consideradas próximas (parentes ou quem mora na mesma casa). A vacinação é a forma mais efetiva de proteger contra a meningite. A vacinação é a forma mais efetiva de proteger contra a meningite. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Outros dois surtos registrados neste ano na capital paulista Neste ano, outros dois surtos de meningite meningocócica foram registrados na capital paulista. O primeiro aconteceu entre os meses de janeiro e março, no Jardim São Luís, na zona leste da cidade, onde ocorreram três casos e duas pessoas morreram. No segundo, entre os meses de maio e junho, na região do Pari, zona central, foram dois casos, com um óbito. A SMS esclarece que se considera surto da doença meningocócica quando há ocorrência de três ou mais casos do mesmo tipo em um período de 90 dias na mesma localidade. Conforme a pasta, na região do Pari, embora tenham ocorrido menos de três casos, foi classificado como surto em razão do tamanho da população local. De janeiro até segunda-feira, 26, foram notificados 56 casos de doença meningocócica em toda a capital. Durante o mesmo período de 2019 (janeiro a setembro – ano anterior à pandemia) foram registrados 158 casos da doença, queda de 64,5%. Foram nove mortes, ao todo, neste ano até o momento, ante 28 registradas em 2019. Continua após a publicidade Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirma que realiza monitoramento epidemiológico contínuo junto aos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS). Neste ano, foram registrados 2.841 casos de meningite em todo o Estado. “A vacinação é fundamental para proteger a população contra diversas doenças. A atualização da caderneta e a adesão às campanhas auxiliam no aumento das coberturas vacinais e, consequentemente, aumentam a proteção”, acrescentou a nota. A meningite é uma doença que mata e pode deixar graves sequelas, principalmente a bacteriana, que tem letalidadade em torno de 20% no Brasil. A vacinação é a forma mais eficiente para proteger contra a doença. O que é a meningite? A meningite meningogócica é transmitida por um grupo de bactérias chamadas meningococos, e provoca inflamação na meninge, membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal. As meningites podem ser causadas por infecções de vários microrganismos, como fungos, vírus e bactérias. A transmissão se dá por meio das vias respiratórias, ou seja, pelo ar. Pode deixar sequelas neurológicas, auditivas e dores crônicas. No Brasil, o mais comum é o tipo C (que envolve 80% dos casos), seguido do tipo B. Os tipos A, W e Y são menos frequentes. As vacinas são consideradas a melhor forma de prevenção contra a meningite e são específicas para cada sorogrupo. Como é transmitida? Continua após a publicidade O tipo bacteriano é transmitido de pessoa para pessoa por gotículas e secreções do nariz e da garganta, mas também há bactérias passadas pelos alimentos. As virais dependem do tipo de vírus. Há casos de contaminação por contato com pessoas e objetos infectados e até por picada de mosquitos, de acordo com o Ministério da Saúde. “É uma doença que pode ser grave. A transmissão acontece de pessoa para pessoa pelo contato respiratório. Então, o uso de máscara facial protege contra a transmissão. É uma doença para qual a vacina está disponível par crianças e adolescentes, por isso é importante atualizar a carteira de vacinação”, explica a infectologista da Unicamp. Quais os sintomas da doença? Costuma começar com febre, dor no corpo, dor de cabeça e um sinal que preocupa muito é o aparecimento de manchas na pele. Isso indica a necessidade de atendimento médico de urgência para coleta dos exames e início da administração de antibióticos. Além disso, no início do quadro clínico, a meningite pode não ser de diagnóstico fácil. Os sintomas variam conforme a idade do doente. Veja a seguir: Sintomas e sinais mais frequentes no bebê: Febre, mãos e pés frios (dificuldade de circulação) Continua após a publicidade Baixa atividade (criança “largadinha”) ou irritabilidade, choro intenso e inquietação Rigidez de nuca (dificuldade para flexionar a cabeça) Recusa alimentar Gemidos e sonolência, com dificuldade para despertar Manchas vermelhas na pele Convulsões Fontanela abaulada (moleira abaulada) Continua após a publicidade Vômito e diarreia Sintomas na criança maior, no adolescente e no adulto: Febre alta Dor de cabeça Vômitos, muitas vezes em jato Rigidez de nuca (dificuldade para flexionar a cabeça) Sonolência Continua após a publicidade Convulsões Dor nas articulações Aversão à luz Qual a meningite identificada no atual surto da cidade de São Paulo? Segundo a Prefeitura de São Paulo, todos os casos são de meningite meningocócica do mesmo tipo C. Quais as diferenças nos tipos de transmissão, de acordo com o Ministério da Saúde? Entre as ocorrências, 99% são virais ou bacterianas. “A meningite causada por bactérias, como a meningite pneumocócica, que tem maior incidência entre crianças pequenas, e a meningite meningocócica, que pode afetar todas as faixas etárias, podem se desenvolver de forma mais grave, causar infecção generalizada, levando o paciente a óbito rapidamente. Já a viral evolui de forma mais leve, sendo a cura espontânea e sem sequelas”, afirma Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Continua após a publicidade Há ainda meningite causada por fungos e parasitas, mas é algo muito mais difícil de ocorrer. Meningite bacteriana Geralmente, as bactérias que causam meningite bacteriana se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Já outras bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia coli. Meningite viral As meningites virais podem ser transmitidas de diversas maneiras a depender do vírus causador da doença. No caso dos Enterovírus, a contaminação é fecal-oral, e os vírus podem ser adquiridos por contato próximo (tocar ou apertar as mãos) com uma pessoa infectada, tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos ou ao trocar fraldas de uma pessoa infectada, beber água ou comer alimentos crus que contenham o vírus. Já os arbovírus são transmitidos por meio de picada de mosquitos contaminados. Meningite causada por fungos Geralmente os fungos são adquiridos por meio da inalação dos esporos (pequenos pedaços de fungos) que entram nos pulmões e podem chegar até as meninges. Alguns fungos encontram-se em solos ou ambientes contaminados com excrementos de pássaros ou morcegos. Já um outro fungo, chamado Candida, que também pode causar meningite, geralmente é adquirido em ambiente hospitalar. Continua após a publicidade Meningite causada por parasitas Os parasitas que causam meningite não são transmitidos de uma pessoa para outra, e normalmente infectam animais e não pessoas. As pessoas são infectadas pela ingestão de produtos ou alimentos contaminados que tenham a forma ou a fase infecciosa do parasita. Quais vacinas protegem contra a meningite? Desde julho, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a ampliação dos públicos aptos a receber a vacina meningocócica C (Conjugada), que envolve trabalhadores da saúde e crianças até 10 anos. A extensão do público-alvo vai até fevereiro de 2023. A meningocócica C faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, sendo indicadas duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade, e um reforço preferencialmente aos 12 meses de idade. Segundo a nova orientação do Ministério da Saúde, se a criança de até 10 anos não tiver se vacinado, deve tomar uma dose da meningocócica C. Já os trabalhadores de saúde, mesmo com o esquema vacinal completo, podem se vacinar com mais uma dose. Embora a faixa etária com maior risco de adoecimento seja das crianças menores de um ano de idade, adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença. Desta forma, o Ministério da Saúde está disponibilizando temporariamente a vacina meningocócica ACWY para a faixa etária não vacinada entre 11 e 14 anos. O imunizante está disponível no Calendário Nacional de Vacinação para adolescentes entre 11 e 12 anos, mas até junho de 2023, quem tem entre 13 e 14 anos também poderá receber a dose. Segundo a pasta, a ampliação tem como objetivo reduzir o número de portadores da bactéria em nasofaringe. Continua após a publicidade Em crianças menores, a meningocócica ACWY não está disponível na rede pública. Na rede privada, a vacina que inclui o tipo C é a conjugada quadrivalente ACWY, ao custo médio de R$ 360 por aplicação. Geralmente, é administrada em quatro doses até um ano de idade, dependendo da marca da fabricante. Também é recomendado um reforço entre os 5 e 6 anos e outra dose aos 11 anos. Pode ser aplicada em adultos. Embora esteja atrás somente do tipo C em número de casos, em média 20%, a meningocócica B somente está disponível na rede particular. Ela custa, em média, R$ 600 e é administrada em três doses entre 2 meses e um ano e meio. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também indica a imunização para grupos de alto risco, como portadores de HIV. A pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) faz parte desde 2010 do calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Protege contra pneumonia e também meningite. São dadas duas doses de VPC10 com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida da criança e um reforço com um ano de idade. Na rede privada, a pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) é mais abrangente, protegendo contra 13 sorotipos de pneumococos. Geralmente, é administrada em quatro doses até um ano e três meses de idade, dependendo da marca da fabricante. Ela custa em torno de R$ 280. A vacina conjugada contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib) está disponível na rede pública e particular. A proteção contra a meningite provocada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b pode ser aplicada individualmente, mas geralmente é administrada pela vacina hexavalente, que também protege contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B e poliomielite, ou pela pentavalente, que protege contra as mesmas doenças, exceto contra a poliomielite. No SUS, é disponibilizada em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. Na rede particular, quatro doses são aplicadas entre dois meses e um ano e meio de idade. Pessoas com doenças que comprometem a imunidade ou a função do baço (órgão que tem papel fundamental na proteção contra essa bactéria), ou aquelas que tenham retirado cirurgicamente esse órgão, devem tomar a vacina. A vacina individual custa em torno de R$ 150. O preço da pentavalente e hexavalente fica em torno de R$ 250 cada uma. Além das vacinas descritas acima, ao nascer toda a criança toma uma dose única da vacina BCG, que protege contra a meningite turberculosa. A imunização impede que o bacilo de Koch, bactéria responsável pela tuberculose, instale-se nas meninges. É dada na rede pública e também na maternidade gratuitamente. Em momentos em que está em falta e é recomendada a aplicação ao sair do hospital, pode ser dada na rede pública ou na particular. O custo na rede privada é em torno de R$ 130. Como está a vacinação na capital paulista? Como parte do calendário vacinal de rotina na rede pública de saúde, o imunizante contra a meningite meningocócica C deve ser aplicado em bebês aos 3, 5 e 12 meses. O de meningite meningocócica ACWY atualmente é aplicado na faixa etária de 11 a 14 anos de idade, pois a vacinação foi ampliada no último dia 19 no município também para adolescentes de 13 e 14 anos, até junho de 2023, conforme definição do PNI. “É fundamental que pais e responsáveis mantenham a vacinação de seus filhos em dia para protegê-los das chamadas doenças imunopreveníveis, como meningite meningocócica, poliomielite, difteria, coqueluche, sarampo, caxumba, entre outras. Vacinas salvam vidas e isso ficou ainda mais evidente na pandemia de covid-19″, afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

By 28 de setembro de 2022Atualidade

Às vésperas das eleições, conheça livros infantis e juvenis para iniciar uma conversa sobre política em casa ou na escola

Os moradores da mata da Lagoa Rasa estão enfrentando uma série de problemas que têm tornado o seu dia a dia ainda mais difícil. Em outra floresta, os animais estão cansados dos desmandos do leão. No galinheiro, galinhas de todas as cores se organizam depois que o galo branco desaparece. Num reino distante, um menino birrento se torna rei quando seu pai morre, e as pessoas perdem a voz. Em outro, onde tudo é sem cor, um camaleão decide olhar para fora a despeito das ordens do imperador e algo novo nasce.

Em um momento de discussões sobre a importância da democracia e a responsabilidade dos cidadãos nesse processo, abordar a educação política com as crianças é importante. E por meio de histórias como essas, a literatura tem ajudado a introduzir o tema nas escolas ou em casa.

Ilustração de André Neves para 'Lá Fora'
Ilustração de André Neves para ‘Lá Fora’ 

Selecionamos 10 livros infantis e juvenis que abordam conceitos como eleiçãovoto, políticademocracia liberdade de expressão. Há muitos outros nas livrarias.

Um deles, inclusive, será tema de um encontro online nesta quarta, 28. Leo Cunha, Tino Freitas e Fê falam sobre O Que é Preciso Para Ser Rei? a partir das 19h, com transmissão pelo canal Letrinhaz, do YouTube.

Livros sobre política para crianças

O Prefeito Perfeito

O Prefeito Perfeito
O Prefeito Perfeito 

No livro de Lia Neiva ilustrado por Elisabeth Teixeira, os moradores da mata da Lagoa Rasa estão passando por dificuldades. Por causa das estradas esburacadas, a centopeia machucou seus pés. Por que a iluminação está muito ruim, a galinha quase entrou na toca da raposa. Como os peixinhos podem viver bem se a água está poluída? Insatisfeitos, eles concordam que precisam escolher alguém para tomar conta de tudo e ajudar na solução de seus problemas. E então todos queriam ser eleitos. Houve um grande debate, e uma grande confusão. O Prefeito Perfeito foi publicado em 2021 pela Nova Fronteira (32 págs.; R$ 49,90).

Eleição dos Bichos

Eleição dos Bichos
Eleição dos Bichos 

A bicharada da floresta estava cansada dos mandos, desmandos e abusos do leão, que tinha até desviado a água do rio para construir uma piscina em sua toca. Eles então decidem fazer uma eleição para escolher o novo líder. Antes de tudo, porém, vão precisar aprender o que significa e como funciona uma eleição. Na disputa estão a Macaca, a Preguiça, a Cobra e o próprio Leão. Essa é história de Eleição dos Bichos, obra de André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun lançada pela Companhia das Letrinhas em 2018. Os autores têm outra obra sobre o tema – Quem Manda Aqui: Um Livro Sobre Política Para Crianças (Companhia das Letrinhas, 2015). (48 págs.; R$ 47,90)

O Reizinho Mandão

O Reizinho Mandão
O Reizinho Mandão 

Clássico de Ruth Rocha lido por muitas gerações de crianças, que aborda temas como democracia, poder e liberdade de expressão, O Reizinho Mandão conta a história de um menino mimado e mal-educado que, após a morte de seu pai, assume o trono e começa a criar leis absurdas e autoritárias. De tanto ouvi-lo mandar as pessoas calarem a boca, elas se calam – e esquecem como falar. Chateado por falar sozinho, ele foi atrás de um sábio e ouviu que ele precisava bater em todas as casas do reino até encontrar uma criança que ainda se lembrasse como se fala. Depois desse livro, publicado originalmente em 1978 e cuja edição atual, da Salamandra, traz ilustrações de Walter Ono, a autora criou outros dois livros sobre reis: Sapo Vira Rei Vira Sapo e O Rei Que Não Sabia de Nada. (40 págs.; R$ 48)

O Que é Preciso Pra Ser Rei?

O que é preciso pra ser rei?
O que é preciso pra ser rei? 

Obra de Leo Cunha e Tino Freitas com ilustrações de Fê responde, em verso, com seriedade e também graça, à pergunta do título: O que é preciso pra ser rei? “É ter orelhas de elefante / Para escutar o semelhante / E entender o desigual”. E segue. Publicado pela Pequena Zahar neste ano, o livro passa por questões sempre atuais – e que ganharam força desde a pandemia. “O que é preciso pra ser rei? / Mesmo com tanta experiência, / É aprender que a ciência / Também ajuda a governar”. Ou então: “É entender que uma piada, / Se dita numa hora errada, / Tem força pra fazer chorar. Para ser rei, enfim, também é preciso sonhar, e brincar. (40 págs.; R$ 54,90)

Lá Fora

Lá Fora
Lá Fora 

Lançamento de André Neves pela Companhia das Letrinhas, Lá Fora mostra um reino sem cor, habitado por camaleões igualmente sem cor. Eles eram regidos por um imperador que ordenava que seus súditos ignorassem o mundo lá fora. Mas um deles se distrai. Percebe algo estranho lá fora. Era um camaleão também, só que diferente. Ele questiona o outro, e ouve: “Ninguém é exatamente igual quando possui desejos”. E então algo bonito começava a acontecer – e isso nos leva de volta à frase que inicia essa história sobre autoritarismo, democracia e liberdade: “As cores guardam segredo de um tempo antes do agora”. (64 págs.; R$ 59,90)

Juntos e Misturados: Uma História de Galinhas

Juntos e Misturados
Juntos e Misturados 

Essa é uma história de galinhas, mas não só. É também uma história sobre democracia, organização popular, eleição e luta pelo voto feminino. O livro de Laurent Cardon, lançado pelo WMF Martins Fontes em 2020, começa narrando uma “catástrofe”: Marcel, o galo branco, tinha sumido. Logo, o galinheiro está em polvorosa. Ninguém sabe se a culpada foi a raposa ou a doninha. As galinhas brancas, pretas e ruivas se unem para contra-atacar, mas elas precisam aprender a se organizar. (46 págs.; R$ 59,90)

O Protesto

O protesto
O protesto 

“Tudo começou quando um pássaro deixou de cantar. E todos os outros pássaros… deixaram de cantar”, lemos em O Protesto, livro da portuguesa Eduarda Ilha, lançado em 2021 pela Pequena Zahar. A obra, para crianças pequenas, chama a atenção para a questão ambiental – mas, mais do que isso, reafirma o poder da união para combater qualquer que seja o problema ou a injustiça. (48 págs.; R$ 44,90)

A Democracia Pode Ser Assim

A democracia pode ser assim
A democracia pode ser assim 

Este é o primeiro livro da coleção Livros Para o Amanhã, criada pela editora catalã La Gaya Ciencia após a morte do general Franco e pensada para crianças entre 8 e 10 anos. Escrito por uma equipe multidisciplinar e com ilustrações renovadas, A Democracia Pode Ser Assim apresenta o conceito de democracia a partir de imagens próximas do cotidiano das crianças, como por exemplo e hora do recreio e o jogo. Trata-se de uma primeira abordagem acerca do tema, e o livro abordada, ainda, questões como o papel dos partidos políticos e a importância do voto, dos direitos humanos e da informação para a manutenção das liberdades. O livro traz, no final, dois textos informativos e um roteiro com questões para reflexão. Nesta coleção, editada no Brasil pelo selo Boitatá a partir de 2015, estão também títulos como A Ditadura é AssimAs Mulheres e os Homens e O Que São Classes Sociais. (52 págs.; R$ 48)

Se os Tubarões Fossem Homens

Se os tubarões fossem homens
Se os tubarões fossem homens 

Também para crianças maiores, um texto de Bertolt Brecht (1898-1956) recheado de ironia sobre poder e classe social. Tudo começa com a pergunta de uma criança: “Se os tubarões fossem homens, será que eles seriam mais gentis com os peixinhos?”. A resposta do senhor K. é o livro que lemos – cuja edição, publicada pela Olho de Vidro em 2018, com tradução de Christine Röhrig, tem belíssimas ilustrações de Nelson Cruz. (48 págs.; R$ 55)

Dicionário Fácil das Coisas Difíceis

Dicionário Fácil de Coisas Difíceis
Dicionário Fácil de Coisas Difíceis 

Os cientistas políticos Débora Thomé e Lucio Rennó estão lançando, pela Jandaíra, Dicionário Fácil das Coisas Difíceis. Por meio da história de dois amigos, que passam as férias juntos no sítio do avô de um deles, argentino que vive no Brasil, os autores explicam conceitos como democracia e ditadura numa obra ao mesmo tempo informativa e ficcional. (112 págs.; R$ 62,90)

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