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Cão bravo ou que late muito? Isso tem a ver com o dono, diz a ciência

By 13 de dezembro de 2022Atualidade

Pesquisadores da USP mapeiam fatores que têm impacto na forma como o cachorro interage no ambiente

AGÊNCIA FAPESP – Cachorros que passeiam diariamente com seus donos são menos agressivos. Cães cujas tutoras são mulheres supostamente latem menos para estranhos. Já os caninos mais pesados tendem a ser menos insolentes com seus donos do que os peso-leves. Pugs, buldogues, shih-tzus e outros animais com o focinho encurtado podem ser mais afrontosos com humanos do que os cachorros de focinho médio e longo, como é o caso do golden retriever e do popular vira-lata caramelo.

Foi o que mostrou um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) com 665 cães de estimação de diferentes raças, inclusive vira-latas (sem raça definida). Na pesquisa, publicada na revista Applied Animal Behaviour Science, foram relacionados fatores morfológicos, ambientais e sociais com perfis de agressividade dos cães de estimação. O cruzamento de dados mostrou que não apenas condições como peso, altura e tamanho do focinho estão associadas a maior ou menor incidência de agressividade, como também questões relacionadas às histórias de vida dos animais e às características do tutor.

De acordo com o artigo, os resultados confirmam a hipótese de que o comportamento dos cachorros não é algo definido apenas pelo aprendizado, nem só pela genética. Trata-se do efeito de uma interação constante com tudo o que cerca a vida do animal. O estudo teve apoio da Fapesp por meio de um projeto sobre a abordagem etológica da comunicação social entre diversas espécies, entre elas a humana (leia mais: agencia.fapesp.br/37136/).

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