Março é o mês da mulher, momento de celebrar a condição feminina e de refletir sobre os desafios para vivenciar plenamente todas as dimensões do sexo feminino: vida pessoal, trabalho, maternidade, afetos…
As mulheres crescem em importância todos os dias e tradicionalmente a Usina Colorado dedica uma data no mês de março para reunir suas colaboradoras em uma celebração pelo Dia Internacional da Mulher. Em 2019, a data escolhida foi o dia 22 de março.
Atendendo aos organizadores, as mulheres vestiram o branco, cor escolhida para o encontro e deram início à celebração com o almoço oferecido pontualmente às 12 horas e 45 minutos no refeitório da Usina também preparado pela nutricionista Vera Pasquim. Elas preparam-se para receber a visita da psicóloga Marcia Moyzes, que trouxe para o encontro reflexões sobre a influência das redes sociais no comportamento humano e a importância da autoestima como prevenção de relacionamentos abusivos.
As 50 mulheres, de várias funções, idades e credos reuniram-se na Sala de Treinamento do Centro Automotivo. Foi uma tarde em que as discussões foram bem-vindas, com ponderações bem interessantes e presença segura e viva de todos presentes. A diretora de Responsabilidade Social do Grupo Colorado, Josimara Ribeiro de Mendonça abriu um espaço para o evento em sua agenda e participou ativamente das discussões propostas sobre a condição feminina e fez diversas observações sobre o debate sobre as redes sociais.
Ela deu as boas-vindas às participantes e destacou situações vividas por ela: “muitas vezes abandonamos a realidade para fazer posts nas redes sociais que, estão em desacordo com o nosso momento pessoal. Já posteis fotos lindas em instantes em que vivia questões pessoas importantes, como o adoecimento de uma pessoa querida ou problemas cotidianos que todos temos”, contou em seu tocante testemunhal pessoal.
Novas síndromes
A psicóloga Marcia Moyzes alertou sobre a transformação provocada pelas redes sociais nas vidas de mulheres e homens, os novos conteúdos e aprendizados que proporciona.
“A geração atual tem acesso às novas tecnologias desde muito cedo, estamos diante de um novo formato de comunicação. A dependência do celular, do computador, da internet é crescente. Apesar de ser um vício socialmente aceito, é igualmente nocivo, pois altera o comportamento das pessoas.”, afirmou.
A psicóloga relatou que os especialistas acreditam que o uso excessivo das novas tecnologias traz sintomas físicos e emocionais quando as pessoas ficam impedidas de acionarem as redes virtuais, como impaciência, angústia, ansiedade e até mesmo o medo pelo não acompanhamento de acontecimentos.
Ela nominou o vício das redes como uma espécie de proteção emocional: “a falta de autoconhecimento faz com que as pessoas queiram fugir de suas próprias emoções, principalmente com aquelas emoções com as quais não conseguem lidar.”, enfatizou.
A psicóloga ressaltou, ainda, que as redes sociais são um refúgio para pessoas que têm necessidade de ser aceitas e que imaginam que as redes as protegem do medo de serem rejeitadas e criticadas. No entanto, muito frequentemente o uso excessivo das redes sociais tem efeito reverso, como o agravamento de eventuais quadros de depressão, já que quanto mais a pessoa busca refúgio nas redes sociais, mais reforça seus problemas na vida real.
“A presença nas redes traz para as pessoas a possibilidade do abalo no instinto de reconhecimento social. Quando uma foto ou comentário não recebe lides, deixa de gerar recompensa social real o que pode contribuir para o agravamento de quadros de depressão.”, finalizou a psicóloga.
Dependência das Redes Sociais: Sinais vermelhos
- Tempo gasto nas redes sociais
- Afastamento de amigos, da vida social
- Prejuízos ao trabalho e estudos
- Diminuição das oportunidades de crescimento
- Redução das horas de sono
- Alteração dos hábitos alimentares
- Redução ou ausência completa das interações sociais com familiares e amigos reais
- Dificuldade de participar de encontros e eventos culturais
- Irritabilidade e impaciência ao ser privada do acesso às redes.
Fonte: Psicóloga Marcia Moyzes