Dados do estudo Mulheres no Agronegócio, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, da Esalq USP, apontam que o número de mulheres eu atuam na agroindústria brasileira cresceu 8,3% entre 2004 e 2015. Durante o período analisado, houve o ingresso de 384.582 mulheres em postos de trabalho relacionados ao agronegócio, contra uma redução de aproximadamente 1,65 milhão de homens. O grupo mais beneficiado foi o das mulheres com mais de 30 anos, casadas e com alto grau de escolaridade, uma prova de que o setor busca qualificação.
Debater caminhos para a maior presença feminina na agroindústria canavieira, além de abrir espaço para as mulheres contarem suas experiências e sugerirem soluções para o desenvolvimento sustentável do setor foram os objetivos do VII Encontro Cana Substantivo Feminino, realizado no dia 21 de março no Centro de Cana do IAC em Ribeirão Preto.
O evento contou com a presença da diretora de Responsabilidade Social e conselheira do Grupo Colorado, Josimara Ribeiro de Mendonça, que esteve acompanhada pela supervisora de Comunicação e Responsabilidade Social, Maria Inês Marcório Guedes Moreira de Carvalho.
Além de debates, o Encontro proporcionou test-drive com tratores e caminhão canavieiro com direção autônoma e interação entre produtoras de café e produtoras de cana. Os organizadores do evento demonstraram que a presença feminina pode ocupar muito mais espaço no agronegócio. Estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) com 100 países, mostra que de 100 agricultores no Brasil, 13 são mulheres. O país que lidera a lista é o Chile, com 30% de suas atividades agrícolas a cargo de mulheres, seguido pelo Panamá (29%).