Ótima. Há mais de 24 anos esta sigla faz parte do dia a dia de todos os que trabalham na área Industrial da Usina Colorado. A primeira letra de cada setor: Operacional, Treinamento, Informática, Manutenção, Automação e Almoxarifado; exatamente, nesta ordem, forma a sigla Ótima. O programa interno promove ambiente organizado, limpo, livre de desperdícios, acúmulos e ordenação, e que pode ser denominado como uma espécie de 5S doméstico.
Nesse tempo todo em que a Ótima vem sendo aplicada os ganhos têm sido muitos. Foram grandes os avanços proporcionados no parque industrial pelo Programa que conta com a adesão de todos.
O programa Ótima reúne em uma planilha todos os itens que devem ser observados em cada setor da indústria e nomeia uma comissão formado por profissionais desses vários setores para realizarem duas visitas mensais. São visitas de inspeção, em que cada setor recebe notas específicas atribuídas depois de um cuidadoso exame.
As visitas não têm data certa para acontecer. Geralmente a primeira ocorre até o dia 15 do mês e a segunda até 31 o último dia útil tanto no período da safra, quando há processamento de cana na indústria, quanto durante a entressafra. O “efeito surpresa” é essencial para a manutenção das condições desejadas.
Tudo está na mira da comissão de visitantes que é treinada para exercer essa função. Eles estão de olho no desperdício, na organização, ordenação, roupas dos operadores, segurança, acesso aos equipamentos desobstruído, na separação dos tambores por categoria de resíduo.
As equipes são intercaladas para que visitem diferentes setores. Após as visitas, os membros da comissão participam de uma reunião mensal em que discutem o resultado de sua observação e a nota a ser atribuída por setor, que pode varia de um a 10, conforme a aderência ao que é exigido pela Usina. Por exemplo , a condição geral dos sanitários recebe nota ponderada que vale para todos.
“Muitas soluções para nossos problemas sugiram da Ótima. Inclusive a reforma dos banheiros que proporcionou ambientes mais limpos. O Programa trouxe uma evolução ao longo do tempo, com ambientes de trabalho mais adequados. Nós também observamos que o colaborador leva para a casa o método Ótima para manter tudo em ordem.” Afirma o analista de Manutenção Industrial Leandro César Leal de Oliveira, que também é avaliador da Ótima. Ele é responsável pelo processamento das planilhas da Ótima, centralizadas na secretária da Indústria.
“É um programa efetivo pois conta com a participação das lideranças e o comprometimento de todos. Nós cobramos dos colaboradores, no entanto, eles próprios têm a clareza de que é muito melhor “manter a casa limpa” do que conviver com desorganização e desperdício no ambiente de trabalho”, declara Aléssio.
Simplicidade é o maior trunfo para o sucesso do Programa Ótima
“O Programa Ótima nasceu como uma Comissão implantada pelo então setor industrial, atualmente denominado como área industrial, em abril de 1995 e foi introduzido na empresa por sugestão do consultor Orlando Cattini, contratado pela Usina Colorado para apoiar o desenvolvimento da área de planejamento e controle de manutenção”, lembra o coordenador de Manutenção Industrial da Usina Colorado”, Carlos Cezar Aléssio.
O objetivo da Ótima foi o de promover organização, limpeza e qualidade de vida, propósitos alcançados com sucesso ao longo desse tempo todo. Para o coordenador a simplicidade é o maior trunfo para a Ótima ter dado tão certo.
Os resultados da Ótima têm repercussão positiva sobre o negócio. A organização dos ambientes permite uma visualização perfeita da ocorrência de desperdícios e do mau aproveitamento dos materiais, permitindo uma intervenção direta sobre o problema. Sendo assim, todos trabalham da forma mais rápida possível para combater essas ocorrências.
A tarefa é acompanhar e avaliar as condições de higiene, limpeza e desperdício aos diversos setores da área industrial. Após a avaliação, cada setor recebe um resumo da nota para cada item observado. Para melhorar o ambiente de trabalho, aspectos diretamente relacionados à qualidade observados são os que dependem do esforço e dedicação dos funcionários.
Inicialmente apenas supervisores faziam parte do time das visitas, depois os engenheiros e líderes de turma da empresa foram recrutados. Hoje, o programa está mais horizontal, com a participação de lideranças de todos os níveis.
“Usamos o bom senso em relação a quem convidamos para que realizem as visitas. Praticamos um revezamento informal. Quem está trabalhando no turno da noite, por exemplo, deixa de fazer as visitas”, conta o coordenador.
